segunda-feira, 4 de maio de 2015

Fim de semana no Douro

Como sabem a semana que terminou estive de férias. Férias que estavam planeadas desde o início do ano para uma ida a Andorra, ou Serra de Nevada, ou qualquer lado que houvesse neve. Devido ao atraso do exame do M. as férias na neve foram canceladas mas não me dava jeito cancelar as minhas férias, e além disso estava a precisar de uma pausa. Com a viagem à neve cancelada, surgiu a ideia de aproveitar o fim de semana prolongado no Douro, com alguma da família do meu querido marido. E foi muito, mas muito bom. Quem tem o prazer de conhecer a Zona Demarcada do Douro sabe que vale a pena só pela paisagem de cortar a respiração. Mas bom,  no primeiro dia fomos a Favaios, mais propriamente ao Museu do Pão e do Vinho, onde fomos muito bem recebidos com um pequeno almoço muito caloroso, seguido da visita pelo museu e uma caminhada por Favaios onde tivemos a oportunidade de ver uma padaria com fabrico tradicional de pão, conhecer as raízes e a origem da Vila (?) e que terminou na Adega Cooperativa de Favaios onde provamos o tão afamado Moscatel de Favaios.

 
 
Adoro estas casas antigas e as histórias que elas têm para contar. 


Depois da  manhã bem passada em Favaios, que devido a um erro demográfico há centenas de anos atrás não faz parte da zona demarcada do Douro, seguimos viagem até Pereiros uma pequena, mas pequena mesma, aldeia do interior de São João da Pesqueira. Fomos muito bem recebidos pela D. Lídia que no seu pequeno restaurante nos serviu um delicioso cozido à portuguesa e nos levou numa visita guiada pela aldeia xistosa de Pereiros. É incrível ver como vivem aquelas povoações... a diferença entre o litoral e o interior do nosso país é enorme. Em Pereiros, com cerca de 50 habitantes, vivem em comunidade e felizes, pelo menos pareceu.
 


 
 Aqui é o forno comunitário da aldeia. Nele é onde as senhoras se juntam para fazer o pão.
De seguida, e a tarde já ìa longa, fomos para o nosso alojamento, a Quinta das Herédias, um turismo rural com um anfitrião muito peculiar mas que nos recebeu muito bem. Um excelente local para passar uns dias em paz numa das regiões mais bonitas de Portugal. Em caminho ainda visitamos o Miradouro São Salvador do Mundo que nos deu uma das vistas mais bonitas da região.




No segundo dia, sábado, tivemos a sorte de o meu querido St. Peter ter sido um fofo e ter estado um maravilhoso dia de primavera. De manhã fomos até ao Pinhão apanhar o barco que nos levou até ao Tua. Esta viagem de barco no rio Douro é uma coisa "obrigatória" para quem visita a região. Na chegada ao Tua almoçamos no famoso restaurante  Calça Curta onde provei os famosos peixinhos de rio e onde se come divinalmente. (Ganhei seguramente 2kg este fim de semana.) A viagem de regresso ao Pinhão foi feita de comboio. As estações de caminhos de ferro do Tua e do Pinhão são lindas e representativas do que os comboios significaram para aquela região. 
 
 
 
 
No regresso ao Pinhão tivemos o momento alto do fim de semana, a visita à Quinta das Carvalhas. O guia que tivemos, o Eng. Álvaro, transmitiu-nos a paixão que tem pelo Douro e com a sua maneira filosófica de ver a vida conseguiu apaixonar alguns de nós por o que o douro representa. E a paisagem desta quinta? Soberba.


Muitas mais fotos e mais belas haveria para mostrar mas ainda estão na máquina. Esta paisagem merecia fotos com qualidade superior ao telemóvel mas primeiro que estejam no computador vai ser uma eternidade....

No domingo, e já com chuva, fizemos a visita ao Museu de São João de Tarouca e ao Mosteiro de Salzedas. Neste mosteiro era onde moravam os monges de Cister. Seguimos viagem até à Régua onde almoçamos na Tasca da Quinta, se forem à Régua não deixem de almoçar ou jantar lá, um dos melhores restaurantes de tapas que já fui. Para terminar este fim de semana fomos ao Museu do Douro onde é explicada toda a riqueza e cultura desta região, como não podia deixar de ser. 

2 comentários:

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